O turismo no mundo digital
- Mariana Lima
- 27 de jun. de 2014
- 3 min de leitura
Por Mariana Lima
Muito se tem falado sobre o Turismo 2.0, mas afinal que termo é esse? Para entender esse conceito, nada melhor do que uma pesquisa na internet, não é mesmo? O turismo, como diversos setores da economia, foi impactado pela era digital. Há algum tempo, as pessoas que desejam fazer uma viagem buscam informações do destino no mundo digital.
A inserção de serviços, informações e produtos turísticos e a interação com o público por meio digital, se configuram como Turismo 2.0. Esse termo está diretamente ligado a Web 2.0 que é utilizado para descrever a segunda geração da World Wide Web, ou “www”. Se em um primeiro momento (Web 1.0) o que era importante eram os sites com conteúdo, esse segundo momento (Web 2.0) valoriza-se a participação do público, ou seja, um ambiente online dinâmico no qual os usuários colaboram inserindo informações.
Toda essa interação fez com que a internet se popularizasse em todo o mundo. Nesse momento surgiram os blogs e chats, as redes sociais e os conteúdos produzidos pelos próprios internautas. O mercado percebeu a importância da criação de sites focados nas necessidades dos consumidores, proporcionando um ambiente de participação dos mesmos. A navegação mobile e os aplicativos também facilitaram essa expansão da era digital. No mundo das viagens surgiram sites com reservas online, de troca de experiências e de dicas para todos os públicos. Nesse momento, o mundo do turismo mudou!
Foi pensando nas tendências das novas tecnologias que a segunda edição da feira World Travel Market - Latin America (WTM), que ocorreu entre os dias 23 e 25 de abril em São Paulo, promoveu o espaço “Travel Tech”, destinado a empresas de tecnologia especialmente desenvolvidas para o mercado turístico. A WTM, versão latino-americana de uma das maiores feiras de turismo do mundo, apostou em conferências sobre o cenário digital com empresas como a Google, TripAdvisor e Facebook.
A MooveTeam, empresa espanhola, apresentou o primeiro aplicativo voltado ao setor de turismo, o Google Glass, que apresenta na tela dos óculos informações de rotas customizadas pré-estabelecidas enquanto o turista se movimenta pelo destino. Representantes da Google Brasil levantaram alguns dados do setor turístico. De acordo com eles o site registra 625 mil buscas por hora de assuntos relacionados a viagens, desde horários de voos até informações como restaurantes e reservas de hotéis. No universo de 105 milhões de brasileiros conectados, 82% fazem pesquisas online antes de escolher um destino e 69% dos viajantes compartilham seus conteúdos e experiências em redes sociais.
O evento também trouxe uma interessante troca de experiências sobre o mercado MICE e a importância da inovação e da evolução dos eventos. Durante o debate, ficou claro que, mesmo com a era virtual em plena ascensão, os eventos nunca irão acabar, já que eles são uma excelente ferramenta de marketing para o destino, expondo-o na mídia e estimulando que o turista retorne e divulgue-o a outras pessoas. O que as empresas precisam é utilizar a tecnologia a seu favor para enriquecer a experiência dos participantes. Foi destacado pelos debatedores que estimular a interação do público é o primeiro passo para balancear o mundo virtual do presencial.
Um exemplo dado foi a tecnologia streaming, que possibilita que o evento seja transmitido em tempo real pela internet, alcançando dessa forma uma audiência expressiva sem limites de fronteira geográfica. Outra ferramenta tecnológica são os aplicativos para celulares que possibilitam o download do material do evento, propiciando um evento sustentável sem utilização de papel e com redução de custos.
Fica claro então que a cadeia produtiva do turismo deve enxergar a tecnologia e o mundo digital como um aliado. É preciso se reinventar, inovar e provar ao consumidor que seu serviço e produto é necessário. Se você é organizador de evento, que tal buscar novas ferramentas que proporcionem mais interação com seu público? Se você é do ramo hoteleiro, que tal buscar ferramentas que otimizem o tempo dos seus hospedes? Já o comércio deve aproveitar o mundo digital para atrair clientes oferecendo o máximo de informações possíveis dos seus produtos e serviços, inclusive destacando preços e ofertas.
As possibilidades estão aí, basta entender o momento que o setor está vivendo, analisar as tendências e adequar os produtos e serviços ao seu público alvo.
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