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A feira contou com 3.964 compradores de 73 países, que realizaram 65.000 encontros de negócios. Desse total de participantes, 3,5% eram brasileiros, ou seja, apenas 138 compradores.

Novos Mercados para o Setor de Eventos

  • Mariana Lima
  • 28 de mai. de 2014
  • 3 min de leitura

Por Mariana Lima


Tem-se falado muito sobre a importância do mercado de eventos para o país. A realização dos grandes eventos esportivos levantou diversas questões sobre a preparação de um destino para receber visitantes. Mas o que é mais importante? A infraestrutura local? A facilidade de deslocamento? A hospitalidade ou o investimento em capacitação? De fato, são muitos aspectos que se devem levar em consideração no momento de realizar ou de captar um evento, seja ele de pequeno, médio ou grande porte.


Durante o curso Global Meeting Management (GMM), que ocorreu em Belo Horizonte entre os dias 15 e 19 de abril, ficou claro que a “indústria de eventos” é muito mais ampla do que o que vem sendo trabalhado no Brasil. Atualmente o país tem se dedicado à captação e realização de conferências, como congressos, convenções, jornadas e seminários; e à organização de exposições, como as feiras profissionais. O mercado MICE - Meetings, Incentive, Conferences and Exhibitions (Reuniões, Incentivo, Conferências e Exposições), vai muito além. Ele abrange visitas técnicas, missões, atividades corporativas, eventos de incentivo, dentre outros. Há um leque de possibilidades.


Outro aspecto em voga no momento, destacado no GMM, é a importância dos organizadores de eventos e da cadeia produtiva envolvida com o segmento de turismo de negócios em identificar seu público alvo e acompanhar a mudança do perfil do consumidor. Todo destino turístico deve se preocupar com infraestrutura, facilidade de deslocamento e sinalização, mas um destino que foca no turismo de negócios e eventos tem que estar atento a outras necessidades, que são diferentes das do lazer.


De maneira geral, pode-se dizer que o turista a negócios frequentemente viaja sozinho, tem tempo escasso, necessita de facilidade e comodidade, tem alto poder aquisitivo e bom nível de escolaridade. Ele também tem expectativa de aproveitar o destino, mesmo que a trabalho, tem interesse em comprar produtos típicos do local, é proativo, pesquisa o que fazer ao programar a viagem e gosta de atividades personalizadas.


Isso significa que o destino tem que fazer um alto investimento? Não necessariamente. Esse turista quer praticidade e segurança. Ele quer ter certeza, por exemplo, de que realizará todos os seus deslocamentos no tempo previsto. Logo, ele não precisa saber apenas a distância aeroporto x hotel x evento, ele precisa de uma estimativa da média de tempo gasto até esses locais, considerando o trânsito do dia a dia. Tais informações podem ser facilmente disponibilizadas no site do destino ou por meio de iniciativa privada interessada.


Esse viajante exige um hotel 5 estrelas, com spa, academia, piscina e sauna? Não, ele espera ter cama, ducha, iluminação de qualidade, disponibilidade de tomadas e quem sabe uma mesa de trabalho no apartamento. Sim, esse turista trabalha no quarto do hotel, e exige qualidade e disponibilidade de wi-fi nos apartamentos.


Os empresários devem estar atentos às necessidades de seus clientes, afinal, nem sempre o que está sendo ofertado é o suficiente. É necessário compreender seu público alvo, prestar um atendimento de qualidade, e até mesmo superar as expectativas. Se esse cliente não busca área de lazer, que tal utilizar os investimentos para aprimorar seus serviços e produtos ofertados?


Quanto ao comércio de bens e serviços, existem estratégias utilizadas por outros destinos que podem facilmente ser adaptadas à realidade de Minas Gerais. O turismo de compras, muitas vezes, acompanha o turista de negócios e eventos, contudo, como esse público busca facilidade e comodidade, uma opção é disponibilizar em canal online informações sobre as possibilidades de compras na região. Dessa forma, esse público pode aproveitar os horários livres para adquirir produtos tipicamente mineiros, movimentando ainda mais a economia local.


Muitos são os benefícios proporcionados pelo turismo de eventos ao local onde ele acontece. Essa atividade econômica gera rentabilidade devido ao alto gasto médio dos turistas, equilibra a sazonalidade, traz público novo ao destino e gera mídia espontânea. São diversas as oportunidades oriundas dos eventos de negócios, já que estes se firmam como estratégia de marketing para as empresas. Contudo, para que essa atividade ocorra, tanto o poder público quanto os empresários, precisam estar preparados para desenvolver ações estratégicas que atendam ao público alvo e fomente a geração de negócios.

 
 
 

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