Comércio e Turismo: qual a relação?
- Mariana Lima
- 1 de mai. de 2013
- 2 min de leitura
Por Mariana Lima
Todos sabem que o turismo envolve hotéis, bares, restaurantes, agências de viagens e transportes. Mas o que muitos não percebem é que esses setores estão apenas na ponta de uma cadeia muito maior.
Quem supre os hotéis? O setor de construção os constrói, o moveleiro os mobília, o alimentício os abastece. Quem supre os bares e restaurantes? Os supermercados, hortifrútis e sacolões, adegas e casas de bebidas. E a mão de obra qualificada que coloca tudo isso em funcionamento? Para isso, temos as escolas, cursos e professores.
E as agencias de viagens? Sem atrativos turísticos como elas sobreviveriam? Essas agências precisam que turistas venham até os destinos ou precisam enviá-los até lá. Para isso necessitam de transportes eficientes. Transportes que podem ser aviões, ônibus e cruzeiros marítimos, mas também as locadoras de automóveis e os táxis que, muitas vezes, são a porta de entrada do destino buscando o turista na chegada e o levando de volta na saída.
Quem supre os carros das locadoras e dos taxistas? As lojas elétricas, de autopeças, as mecânicas, os borracheiros, lanterneiros e vidraceiros. Têm os postos, os combustíveis, os frentistas. Todos esses serviços precisam atender com eficiência para que os carros funcionem, sejam entregues em dia e com qualidade.
Já o campo de negócios e eventos mobiliza os centros de convenções, bufês, montadoras, serviços de iluminação. Empresas se preparam para receber investidores e muitos negócios são fechados aquecendo a economia da cidade. Grandes eventos são importantes, pois geram mídia e divulgam as marcas mineiras, sem eles e sem a visita de outros estados e países nossas empresas correm o risco de perderem oportunidades de expansão.
Há aqueles turistas que se deslocam com a finalidade de comprar. Belo Horizonte, conhecida por estilistas e marcas famosas tem diversos polos da moda como o Barro Preto, Lourdes e Prado. Lojas e show rooms faturam com compradores de fora e sabem que precisam atendê-los com eficiência de modo que eles queiram retornar e se fidelizar. A capital mineira possui ainda o polo moveleiro, na Silviano Brandão, e centros de artesanatos espalhados pela cidade, que movimentam lojistas, vendedores, artesãos e inúmeros fornecedores que, mesmo sem saber, estão envolvidos na cadeia produtiva do turismo.
Para prestar serviço de qualidade, os envolvidos nessa cadeia devem se enxergar como parte, mesmo que indiretamente, da atividade turística. Quando um turista tem uma boa experiência em sua viagem ele fica satisfeito, mas sabe que isso não passa de obrigação do local. Porém, quando algo dá errado, mesmo que apenas em um dos serviços prestados, todo o destino é prejudicado.
É preciso perceber que, com uma boa relação entre o comércio de bens e serviços e o turismo, chegamos a uma relação ganha-ganha imperativa, pois se os resultados negativos impactarão fundamentalmente a todos os envolvidos, então os resultados positivos certamente serão compartilhados.














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